Estou a umas páginas de acabar o meu companheiro de mesinha cabeceira dos últimos tempos: "O Memorial do Convento", e é numa dessas minhas últimas leituras que me deparo com a seguinte acção: O protagonista mata com o gancho de ferro raposinhos recém-nascidos que encontrara na passarola e atira-os aleatoriamente para longe.
O quê? Eu que estou a adorar o livro, faz-me o protagonista uma crueldade destas?
Acabadinha de acordar num domingo de manhã, despertei logo e tive vontade de entrar dentro do livro e disparatar com a personagem!
- Olha lá, achas bem o que fizeste? Não tens vergonha? Gostavas que te fizessem o mesmo a ti? Que mal te fizeram as reposas bebés? Já nem usas a passarola, porque é que não deixaste-os aconchegadinhos no seu cantinho? Responde! Estúpido.
Se é coisa que me deixa completamente indignada são crueldades tanto a pessoas como animais. Esta passagem serviu para despertar em mim o meu lado protestador e revoltante com todos aqueles que tratam mal os animais. São pessoas que não têm a mínima decência nem coração!
E pronto agora que descarreguei toda a minha frustração perante tal calamidade, o resto de um bom fim-de-semana!
publicado também no Conversas entre Almofadas.
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